Raquel abre a porta de casa e as enfermeiras,
especialistas em saúde infantil e pediatria, entram sorridentes, munidas
de um computador, uma balança de bebé e palavras de ânimo para uma mãe
acabada de sair de um parto traumático. Ana Rita Vieira e
Alexandra Correia sentam-se na sala, conversam com Raquel sobre a
evolução do Henrique e revêem os truques para o acalmar quando desata a
chorar. Abrem o computador e mostram alguns vídeos com som para ajudar a
mãe a identificar por que chora o filho. No portátil, Raquel segue
atentamente os bebés que gritam e se agitam de forma diferente,
consoante têm dores, fome, fadiga, desconforto ou tédio. Depois
passam à prática e vão pesar o recém-nascido. O Henrique engordou mais
do que o normal numa semana. A mãe sente-se aliviada. Não é o primeiro
filho de Raquel Silva, mas desta vez tudo parece diferente. No final da
gravidez teve pré-eclampsia (aumento da pressão arterial) e o parto teve
de ser apressado. Uma cesariana que transformou o bloco operatório do
hospital numa cena de "filme". Raquel achou que não ia sobreviver e a
violência daqueles momentos abalarou-a psicologicamente. "Na primeira
semana não conseguia esboçar um sorriso", conta. Quando teve
alta, ainda se sentia à deriva e as visitas domiciliárias foram "um
conforto, um descanso, um luxo". "Só sabermos que alguém vem cá ver se
está tudo bem é optimo. Não sentia forças para sair de casa", conta
Raquel, lembrando que, para piorar, naqueles dias "estava um temporal
horrível para sair com o bebé". O Henrique fez o teste do pezinho no
conforto do lar, Raquel não teve de se ausentar para mudar os pensos e
tirar os pontos. "Multipliquem-se! Este serviço é mesmo importante",
conclui a utente.
especialistas em saúde infantil e pediatria, entram sorridentes, munidas
de um computador, uma balança de bebé e palavras de ânimo para uma mãe
acabada de sair de um parto traumático. Ana Rita Vieira e
Alexandra Correia sentam-se na sala, conversam com Raquel sobre a
evolução do Henrique e revêem os truques para o acalmar quando desata a
chorar. Abrem o computador e mostram alguns vídeos com som para ajudar a
mãe a identificar por que chora o filho. No portátil, Raquel segue
atentamente os bebés que gritam e se agitam de forma diferente,
consoante têm dores, fome, fadiga, desconforto ou tédio. Depois
passam à prática e vão pesar o recém-nascido. O Henrique engordou mais
do que o normal numa semana. A mãe sente-se aliviada. Não é o primeiro
filho de Raquel Silva, mas desta vez tudo parece diferente. No final da
gravidez teve pré-eclampsia (aumento da pressão arterial) e o parto teve
de ser apressado. Uma cesariana que transformou o bloco operatório do
hospital numa cena de "filme". Raquel achou que não ia sobreviver e a
violência daqueles momentos abalarou-a psicologicamente. "Na primeira
semana não conseguia esboçar um sorriso", conta. Quando teve
alta, ainda se sentia à deriva e as visitas domiciliárias foram "um
conforto, um descanso, um luxo". "Só sabermos que alguém vem cá ver se
está tudo bem é optimo. Não sentia forças para sair de casa", conta
Raquel, lembrando que, para piorar, naqueles dias "estava um temporal
horrível para sair com o bebé". O Henrique fez o teste do pezinho no
conforto do lar, Raquel não teve de se ausentar para mudar os pensos e
tirar os pontos. "Multipliquem-se! Este serviço é mesmo importante",
conclui a utente.