Começaram a época em Madrid mas saíram: Robben para Munique, Sneijder
para Milão. Saiba porque os merengues torcem pelo segundo
O Santiago Bernabéu foi o estádio que mais encheu na pré-época, e sem
necessidade de fazer qualquer jogo. Bastaram as apresentações oficiais
de Kaká, Albiol, Ronaldo e Benzema para o Real Madrid encaixar uns
quantos milhares de euros, vender umas camisolas, encher o ego e
(tentar) amedrontar o super-Barcelona. Mas a engrenagem está pesada de
mais e Florentino Pérez, engenheiro/economista a tempo inteiro e
presidente em part-time, quer livrar-se de alguns pesos. Vai daí,
declara Robben e Sneijder vendáveis (os outros três holandeses do
plantel - Van Nistelrooy, Van der Vaart e Drenthe - ficam), sendo que
"Sneijder até vale mais que Robben". Nem um nem outro querem sair, mas a
sua vontade não lhes dá direito de escolha e são empurrados para Bayern
e Inter, respectivamente, nos últimos dias de Agosto, perto do fecho do
mercado .
Van Gaal e Mourinho recebem estas duas encomendas e
tratam-nas com a categoria merecedora do seu talento. Ironia das
ironias, ou Robben (o homem de cristal que se lesiona sozinho) ou
Sneijder (o ilusionista porque esconde a bola de todos), um deles vai
levantar a taça no Santiago Bernabéu, a casa que os viu passar com
glória (os dois marcaram 11 golos cada entre 2007-2009 e foram campeões
espanhóis) mas sem a honra dos campeões.
E agora por quem é que o
Real Madrid vai torcer? Fácil. Por Wesley Sneijder. Se o Inter se
sagrar campeão europeu, depois do scudetto em Itália, tem de pagar 3
milhões de euros ao Real Madrid, por questões contratuais. Já tínhamos
dito que Florentino era um economista, não já?
E isto de puxar
por Sneijder e, inevitavelmente, pelo Inter, tem muito que se lhe diga.
Não é só o dinheiro que está em causa. É também o orgulho madridista.
Que melhor guião para o Real Madrid da próxima época 2010-11 do que a
vitória do Inter, com Mourinho, futuro treinador madridista, a correr, a
saltar e a chorar (sim, porque ele também é humano) num relvado que já é
seu. Está tudo apalavrado com o Real Madrid e só falta a sua
assinatura. Instalado no Hotel Mirasierra Suites, onde o Real Madrid
dorme antes dos jogos e os reforços descansam até encontrar casa,
Mourinho já começa hoje a percorrer um caminho que se tornará habitual. E
entrará pela mesma porta que os madridistas. A única diferença entre
hoje e o resto da sua carreira em Espanha é que se vai sentar no banco
dos visitantes (o sorteio da UEFA designou Bayern-Inter).
para Milão. Saiba porque os merengues torcem pelo segundo
O Santiago Bernabéu foi o estádio que mais encheu na pré-época, e sem
necessidade de fazer qualquer jogo. Bastaram as apresentações oficiais
de Kaká, Albiol, Ronaldo e Benzema para o Real Madrid encaixar uns
quantos milhares de euros, vender umas camisolas, encher o ego e
(tentar) amedrontar o super-Barcelona. Mas a engrenagem está pesada de
mais e Florentino Pérez, engenheiro/economista a tempo inteiro e
presidente em part-time, quer livrar-se de alguns pesos. Vai daí,
declara Robben e Sneijder vendáveis (os outros três holandeses do
plantel - Van Nistelrooy, Van der Vaart e Drenthe - ficam), sendo que
"Sneijder até vale mais que Robben". Nem um nem outro querem sair, mas a
sua vontade não lhes dá direito de escolha e são empurrados para Bayern
e Inter, respectivamente, nos últimos dias de Agosto, perto do fecho do
mercado .
Van Gaal e Mourinho recebem estas duas encomendas e
tratam-nas com a categoria merecedora do seu talento. Ironia das
ironias, ou Robben (o homem de cristal que se lesiona sozinho) ou
Sneijder (o ilusionista porque esconde a bola de todos), um deles vai
levantar a taça no Santiago Bernabéu, a casa que os viu passar com
glória (os dois marcaram 11 golos cada entre 2007-2009 e foram campeões
espanhóis) mas sem a honra dos campeões.
E agora por quem é que o
Real Madrid vai torcer? Fácil. Por Wesley Sneijder. Se o Inter se
sagrar campeão europeu, depois do scudetto em Itália, tem de pagar 3
milhões de euros ao Real Madrid, por questões contratuais. Já tínhamos
dito que Florentino era um economista, não já?
E isto de puxar
por Sneijder e, inevitavelmente, pelo Inter, tem muito que se lhe diga.
Não é só o dinheiro que está em causa. É também o orgulho madridista.
Que melhor guião para o Real Madrid da próxima época 2010-11 do que a
vitória do Inter, com Mourinho, futuro treinador madridista, a correr, a
saltar e a chorar (sim, porque ele também é humano) num relvado que já é
seu. Está tudo apalavrado com o Real Madrid e só falta a sua
assinatura. Instalado no Hotel Mirasierra Suites, onde o Real Madrid
dorme antes dos jogos e os reforços descansam até encontrar casa,
Mourinho já começa hoje a percorrer um caminho que se tornará habitual. E
entrará pela mesma porta que os madridistas. A única diferença entre
hoje e o resto da sua carreira em Espanha é que se vai sentar no banco
dos visitantes (o sorteio da UEFA designou Bayern-Inter).