A marcha pela
legalização da cannabis, marcada para sábado em seis cidades
brasileiras, apenas foi realizada no Rio de Janeiro e na cidade mineira
de Juiz de Fora, por impedimentos judiciais.No Rio, os
manifestantes concentraram-se junto da praia de Ipanema, tradicional
ponto de encontro da classe artística e de jovens da classe média. Logo
no início da mobilização, algumas centenas de pessoas e curiosos que
passavam pelo local apoiaram a marcha em defesa da legalização
da"cannabis".Um casal de um gaúcho (Rio Grande do Sul) e uma
alagoana (Alagoas), morador no Rio há 15 anos disse que já sabia da
marcha e ao sair da praia associou-se à concentração."Resolvemos
dar o nosso apoio. Não somos usuários, mas somos a favor. É uma questão
de liberdade, as pessoas têm direito de escolha", afirmou à Lusa
Catarina Cunha, 45 anos.Já seu companheiro, Sammy Angeli, 46 anos, defendeu outras formas de utilização para a planta da "cannabis"."Fumar
(...)e tomar uma cerveja não tem a menor influência na sociedade.(A
cannabis) pode ainda ser usada no fabrico de roupa, calçado e produtos
industriais", referiu, defendendo a criação de postos de trabalho neste
mercado e a cobrança de impostos. O fotógrafo carioca Gabriel
Bernardo, de 25 anos, também participou na marcha e disse que é a favor
favor da legalização (das drogas leves) e principalmente em tratamentos
médicos, nomeadamente nos casos de cancro em estado terminal."O
assunto ainda é tabu no Brasil. Na Holanda e na Inglaterra a droga
(cannabis) é livre, mas aqui no Brasil com tanta diversidade religiosa
é proibida. Isso é uma questão que tem que ser debatida", declarou.Já
o desenhador industrial William Filho, 33 anos, que participa na
organização da marcha desde 2007, afirmou que o Brasil está "atrasado"
no debate sobre a descriminalização da droga."A gente está na
idade da pedra ainda, estamos a debater ainda se é possível debater. E
só agora estamos a ter o direito de debater. Estamos muito atrasados",
disse à Lusa.William Filho adiantou que apoia a legalização da
cannabis "não só pelo seu uso recreativo, mas pelo uso medicinal,
industrial e religioso".O desenhador esteve presente na marcha em 2008, que por determinação judicial foi proibida. "No
ano passado houve uma interpretação errada da justiça de que a gente
estava a fazer apologia (da droga), mas apenas estamos a levantar um
debate".Por seu turno, o advogado André Barros, que integra o
movimento denominado Colectivo Marcha da Maconha, explicou à Lusa que
no Brasil, apesar de existir a lei que descriminaliza o consumo e a
produção de pequenas quantidades de droga para uso próprio, não há
consenso sobre a quantidade."Isso precisa do entendimento da
jurisprudência sobre o que é pequena quantidade para uso próprio. Não
há consenso, não existe na lei uma definição do que é pequena
quantidade e quem avalia é o juiz", declarou.O colectivo apoia manifestações pela legalização da droga em outras 13 cidades brasileiras.No
último fim-de-semana, estavam marcadas manifestações em sete cidades
nos diversos estados do país, mas devido a impedimentos da justiça a
marcha apenas se realizou em Recife, no Estado de Pernambuco, e em
Florianópolis, em Santa Catarina.A organização garantiu que as
manifestações proibidas foram adiadas para dia 31 de Maio e que todos
recursos legais serão utilizados para garantir a realização das
manifestações
legalização da cannabis, marcada para sábado em seis cidades
brasileiras, apenas foi realizada no Rio de Janeiro e na cidade mineira
de Juiz de Fora, por impedimentos judiciais.No Rio, os
manifestantes concentraram-se junto da praia de Ipanema, tradicional
ponto de encontro da classe artística e de jovens da classe média. Logo
no início da mobilização, algumas centenas de pessoas e curiosos que
passavam pelo local apoiaram a marcha em defesa da legalização
da"cannabis".Um casal de um gaúcho (Rio Grande do Sul) e uma
alagoana (Alagoas), morador no Rio há 15 anos disse que já sabia da
marcha e ao sair da praia associou-se à concentração."Resolvemos
dar o nosso apoio. Não somos usuários, mas somos a favor. É uma questão
de liberdade, as pessoas têm direito de escolha", afirmou à Lusa
Catarina Cunha, 45 anos.Já seu companheiro, Sammy Angeli, 46 anos, defendeu outras formas de utilização para a planta da "cannabis"."Fumar
(...)e tomar uma cerveja não tem a menor influência na sociedade.(A
cannabis) pode ainda ser usada no fabrico de roupa, calçado e produtos
industriais", referiu, defendendo a criação de postos de trabalho neste
mercado e a cobrança de impostos. O fotógrafo carioca Gabriel
Bernardo, de 25 anos, também participou na marcha e disse que é a favor
favor da legalização (das drogas leves) e principalmente em tratamentos
médicos, nomeadamente nos casos de cancro em estado terminal."O
assunto ainda é tabu no Brasil. Na Holanda e na Inglaterra a droga
(cannabis) é livre, mas aqui no Brasil com tanta diversidade religiosa
é proibida. Isso é uma questão que tem que ser debatida", declarou.Já
o desenhador industrial William Filho, 33 anos, que participa na
organização da marcha desde 2007, afirmou que o Brasil está "atrasado"
no debate sobre a descriminalização da droga."A gente está na
idade da pedra ainda, estamos a debater ainda se é possível debater. E
só agora estamos a ter o direito de debater. Estamos muito atrasados",
disse à Lusa.William Filho adiantou que apoia a legalização da
cannabis "não só pelo seu uso recreativo, mas pelo uso medicinal,
industrial e religioso".O desenhador esteve presente na marcha em 2008, que por determinação judicial foi proibida. "No
ano passado houve uma interpretação errada da justiça de que a gente
estava a fazer apologia (da droga), mas apenas estamos a levantar um
debate".Por seu turno, o advogado André Barros, que integra o
movimento denominado Colectivo Marcha da Maconha, explicou à Lusa que
no Brasil, apesar de existir a lei que descriminaliza o consumo e a
produção de pequenas quantidades de droga para uso próprio, não há
consenso sobre a quantidade."Isso precisa do entendimento da
jurisprudência sobre o que é pequena quantidade para uso próprio. Não
há consenso, não existe na lei uma definição do que é pequena
quantidade e quem avalia é o juiz", declarou.O colectivo apoia manifestações pela legalização da droga em outras 13 cidades brasileiras.No
último fim-de-semana, estavam marcadas manifestações em sete cidades
nos diversos estados do país, mas devido a impedimentos da justiça a
marcha apenas se realizou em Recife, no Estado de Pernambuco, e em
Florianópolis, em Santa Catarina.A organização garantiu que as
manifestações proibidas foram adiadas para dia 31 de Maio e que todos
recursos legais serão utilizados para garantir a realização das
manifestações