Villas-Boas avisara, e o jogo não podia ter começado
de pior forma para o Sporting: a ânsia de marcar cedo foi
traída por um erro - e Rui Patrício foi vaiado até
final sempre que tocou na bola, tendo de enfrentar a
Académica... e os adeptos. A equipa leonina ainda respondeu ao
desafio de começar o jogo a perder, mas fez-se vítima da
estratégia bem urdida (e já anunciada em jogos de teor
idêntico) pelos estudantes, que defendiam subidos e compactos,
com transições rápidas no ataque.
O Sporting regressava a Alvalade depois do jogo com o Mafra, que
ficara marcado pelo triste incidente entre Sá Pinto e Liedson,
já depois do apito final, e que resultou na demissão do
director do futebol. No périplo nortenho que entretanto os
leões efectuaram, a equipa regressara derrotada de Braga (0-1) e
trucidada do Dragão (2-5). Carvalhal apostava na
reacção convicta ao humilhante resultado da Taça
com o FC Porto e fazia jogar os três reforços de Inverno.
Foi a estreia absoluta de Pedro Mendes, bem como a primeira vez de
Pongolle a titular. O técnico dos leões, porém,
não contou com o influente Izmailov e, na contagem decrescente
para este jogo, também ficou privado de Miguel Veloso. O
Sporting surgia assim disposto num losango aberto, com Pedro Mendes a
"6", Moutinho encostado à direita, Vukcevic à esquerda e
Matías Fernández como "10". E foi de facto com ganas de
chegar cedo à vantagem e tomar rapidamente o trilho de
redenção do esmagamento sofrido no Dragão que os
leões entraram em jogo. Vukcevic, primeiro, e Matías,
depois, ameaçaram golo logo nos instantes iniciais da partida.
No lance seguinte, porém, Rui Patrício viu a bola bater
à sua frente e passar por cima de si no livre batido por
Orlando. Afinal, o leão entrava... a perder. E encaixando um
frango... indigesto.
Do lado contrário, mesmo se a história estava
já condicionada por um golo madrugador, os estudantes não
abdicavam da cartilha de Villas-Boas: o 4x3x3 muito próximo e
adiantado no terreno, dificultando as linhas de passe - só
inventadas pelos passes de ruptura de Matías Fernández
(que tinha de recuar muito para pegar no jogo, junto de Pedro Mendes)
ou... Liedson (com três passes notáveis a convidar
à finalização na primeira parte) - e
forçando à circulação de bola longe da
baliza defendida por Ricardo. Foi com o recuo de Liedson, precisamente,
que os leões chegaram à igualdade, com Moutinho a
finalizar.
Ao intervalo, Villas-Boas trocou Diogo Gomes por Vouho, que se fixou
no eixo do ataque e libertou João Ribeiro para a esquerda,
aprisionando João Pereira. A certeza no passe, a
contenção e a circulação de bola passaram a
pautar o jogo da Académica, que retirou dinâmica à
manobra dos leões. Vuk perdeu oportunidade soberana de marcar...
e deixou fugir a bola para o lance de que resultou o contra-ataque da
Académica que sentenciou o jogo, culminado por João
Ribeiro (59').
Com a dança das substituições, em desespero de
causa o Sporting chegou a evoluir, sob um pesado silêncio
fúnebre que ilustra bem a época do leão - quebrado
apenas para vaiar Rui Patrício, quando tocava na bola, os
disparates de Grimi ou a substituição de Vuk depois de
ter "dado" o golo à Briosa -, com Pongolle à direita,
Matías à esquerda, Postiga a "10" e Moutinho... à
direita, à esquerda e a "6".
Nota ainda para a sofrível actuação de Pedro
Henriques. O árbitro lisboeta, mal auxiliado por Gabínio
Evaristo (incapaz de acompanhar o ataque do Sporting na primeira parte,
indicou foras-de-jogo inexistentes), terá deixado impune lance
passível de castigo máximo sobre Pongolle (67') e perdoou
mesmo um penálti sobre Saleiro aos 85'.
Sporting 1-2 Académ
de pior forma para o Sporting: a ânsia de marcar cedo foi
traída por um erro - e Rui Patrício foi vaiado até
final sempre que tocou na bola, tendo de enfrentar a
Académica... e os adeptos. A equipa leonina ainda respondeu ao
desafio de começar o jogo a perder, mas fez-se vítima da
estratégia bem urdida (e já anunciada em jogos de teor
idêntico) pelos estudantes, que defendiam subidos e compactos,
com transições rápidas no ataque.
O Sporting regressava a Alvalade depois do jogo com o Mafra, que
ficara marcado pelo triste incidente entre Sá Pinto e Liedson,
já depois do apito final, e que resultou na demissão do
director do futebol. No périplo nortenho que entretanto os
leões efectuaram, a equipa regressara derrotada de Braga (0-1) e
trucidada do Dragão (2-5). Carvalhal apostava na
reacção convicta ao humilhante resultado da Taça
com o FC Porto e fazia jogar os três reforços de Inverno.
Foi a estreia absoluta de Pedro Mendes, bem como a primeira vez de
Pongolle a titular. O técnico dos leões, porém,
não contou com o influente Izmailov e, na contagem decrescente
para este jogo, também ficou privado de Miguel Veloso. O
Sporting surgia assim disposto num losango aberto, com Pedro Mendes a
"6", Moutinho encostado à direita, Vukcevic à esquerda e
Matías Fernández como "10". E foi de facto com ganas de
chegar cedo à vantagem e tomar rapidamente o trilho de
redenção do esmagamento sofrido no Dragão que os
leões entraram em jogo. Vukcevic, primeiro, e Matías,
depois, ameaçaram golo logo nos instantes iniciais da partida.
No lance seguinte, porém, Rui Patrício viu a bola bater
à sua frente e passar por cima de si no livre batido por
Orlando. Afinal, o leão entrava... a perder. E encaixando um
frango... indigesto.
Do lado contrário, mesmo se a história estava
já condicionada por um golo madrugador, os estudantes não
abdicavam da cartilha de Villas-Boas: o 4x3x3 muito próximo e
adiantado no terreno, dificultando as linhas de passe - só
inventadas pelos passes de ruptura de Matías Fernández
(que tinha de recuar muito para pegar no jogo, junto de Pedro Mendes)
ou... Liedson (com três passes notáveis a convidar
à finalização na primeira parte) - e
forçando à circulação de bola longe da
baliza defendida por Ricardo. Foi com o recuo de Liedson, precisamente,
que os leões chegaram à igualdade, com Moutinho a
finalizar.
Ao intervalo, Villas-Boas trocou Diogo Gomes por Vouho, que se fixou
no eixo do ataque e libertou João Ribeiro para a esquerda,
aprisionando João Pereira. A certeza no passe, a
contenção e a circulação de bola passaram a
pautar o jogo da Académica, que retirou dinâmica à
manobra dos leões. Vuk perdeu oportunidade soberana de marcar...
e deixou fugir a bola para o lance de que resultou o contra-ataque da
Académica que sentenciou o jogo, culminado por João
Ribeiro (59').
Com a dança das substituições, em desespero de
causa o Sporting chegou a evoluir, sob um pesado silêncio
fúnebre que ilustra bem a época do leão - quebrado
apenas para vaiar Rui Patrício, quando tocava na bola, os
disparates de Grimi ou a substituição de Vuk depois de
ter "dado" o golo à Briosa -, com Pongolle à direita,
Matías à esquerda, Postiga a "10" e Moutinho... à
direita, à esquerda e a "6".
Nota ainda para a sofrível actuação de Pedro
Henriques. O árbitro lisboeta, mal auxiliado por Gabínio
Evaristo (incapaz de acompanhar o ataque do Sporting na primeira parte,
indicou foras-de-jogo inexistentes), terá deixado impune lance
passível de castigo máximo sobre Pongolle (67') e perdoou
mesmo um penálti sobre Saleiro aos 85'.
Sporting 1-2 Académ