O que parecia ser
a proliferação de arrumadores de carros, transfigurou-se em perigo real
para os alunos da Universidade do Minho que, nos últimos tempos, têm
visto crescer o número de agressões nas imediações do campus de
Gualtar, em Braga.Para
Bruno Miguel está a ser doloroso este período que deveria ser destinado
ao estudo para a época de exames. Foi agredido, há uma semana, mesmo em
frente à Universidade do Minho, quando se dirigia para casa."Um
rapaz dirigiu-se a mim e disse que precisava de dinheiro porque estava
a ressacar. Um colega meu deu-lhe umas moedas, mas eu não tinha. Foi
então que ele pediu ajuda e só me lembro de ter levado uma pancada na
cabeça, ter caído e ser agredido, enquanto estava no chão", relata
Bruno, lembrando a intervenção de dois operários que foram em seu
socorro. Após a agressão, teve de ser transportado ao hospital, onde
foi submetido a intervenção cirúrgica a um tornozelo. A PSP tomou conta
da ocorrência e Bruno formalizou a queixa.O director do Gabinete
de Imprensa da PSP, Paulo Ornelas Flor, refere que "o Comando Distrital
de Braga registou, durante o corrente mês de Janeiro, três situações de
roubo que ocorreram nas imediações da Universidade do Minho", mas,
através do contacto com os estudantes, é possível saber que o número é
lisonjeiro porque muitos optam por não participar às autoridades
policiais."Dizem que só vão ter problemas", revela um
comerciante da Rua Nova de Santa Cruz que já tem dado guarida a muitos
alunos em fuga dos assaltantes. "Há dias, um aluno açoriano, quando ia
sozinho, junto ao bar C., surgiram dois jovens que lhe exigiram o
telemóvel. Ele não levava dinheiro. Deu o telemóvel e eles andaram da
perna", acrescenta aquele empresário.Sorte diferente teve outro
aluno que foi esfaqueado, na passada quarta-feira. E, sempre que é
garantido o anonimato pela nossa reportagem, desfiam-se histórias sem
fim sobre o mesmo tema."O problema é que eles agridem e, depois
de passar a Polícia, estão outra vez no mesmo local", adianta Rui,
outro aluno recentemente molestado e que chegou a ver os assaltantes no
interior do campus, "de onde foram colocados na rua pelos seguranças".A
mesma fonte da PSP diz não ser possível, neste momento, "correlacionar
as três situações identificadas". Tal como a reitoria da UMinho que,
ontem, reuniu com a PSP, chegando "a um entendimento consensual para
prestar mais atenção a estas situações."A UM fez saber que os
dois casos que conhece são alvo da nossa atenção. Estamos alerta, por
isso dispomos de segurança própria e temos plano que se desencadeará
quando se registar uma situação do género", disse a pró-reitora,
Felisbela Lopes.A PSP refere que o local é muito movimentado por
alunos da UM e por jovens de fora do ambiente universitário, "motivo
pelo qual é igualmente um local mais propenso a aparecerem situações
limite de criminalidade". Por isso, a PSP "tem empenhado diferentes
formas de policiamento naquele local, nomeadamente elementos da
investigação criminal, trânsito, patrulhas de área e equipas de
intervenção rápida".A PSP "coloca de parte todas as notícias que
indiquem que os crimes foram praticados por um gangue". Porém, os
alunos contactados pelo JN garantem que são sempre os mesmos e
reconhecidos na zona por enformarem o estilo "Mitra", identificáveis
pelo chapéu, calças de ganga largas e brincos.
a proliferação de arrumadores de carros, transfigurou-se em perigo real
para os alunos da Universidade do Minho que, nos últimos tempos, têm
visto crescer o número de agressões nas imediações do campus de
Gualtar, em Braga.Para
Bruno Miguel está a ser doloroso este período que deveria ser destinado
ao estudo para a época de exames. Foi agredido, há uma semana, mesmo em
frente à Universidade do Minho, quando se dirigia para casa."Um
rapaz dirigiu-se a mim e disse que precisava de dinheiro porque estava
a ressacar. Um colega meu deu-lhe umas moedas, mas eu não tinha. Foi
então que ele pediu ajuda e só me lembro de ter levado uma pancada na
cabeça, ter caído e ser agredido, enquanto estava no chão", relata
Bruno, lembrando a intervenção de dois operários que foram em seu
socorro. Após a agressão, teve de ser transportado ao hospital, onde
foi submetido a intervenção cirúrgica a um tornozelo. A PSP tomou conta
da ocorrência e Bruno formalizou a queixa.O director do Gabinete
de Imprensa da PSP, Paulo Ornelas Flor, refere que "o Comando Distrital
de Braga registou, durante o corrente mês de Janeiro, três situações de
roubo que ocorreram nas imediações da Universidade do Minho", mas,
através do contacto com os estudantes, é possível saber que o número é
lisonjeiro porque muitos optam por não participar às autoridades
policiais."Dizem que só vão ter problemas", revela um
comerciante da Rua Nova de Santa Cruz que já tem dado guarida a muitos
alunos em fuga dos assaltantes. "Há dias, um aluno açoriano, quando ia
sozinho, junto ao bar C., surgiram dois jovens que lhe exigiram o
telemóvel. Ele não levava dinheiro. Deu o telemóvel e eles andaram da
perna", acrescenta aquele empresário.Sorte diferente teve outro
aluno que foi esfaqueado, na passada quarta-feira. E, sempre que é
garantido o anonimato pela nossa reportagem, desfiam-se histórias sem
fim sobre o mesmo tema."O problema é que eles agridem e, depois
de passar a Polícia, estão outra vez no mesmo local", adianta Rui,
outro aluno recentemente molestado e que chegou a ver os assaltantes no
interior do campus, "de onde foram colocados na rua pelos seguranças".A
mesma fonte da PSP diz não ser possível, neste momento, "correlacionar
as três situações identificadas". Tal como a reitoria da UMinho que,
ontem, reuniu com a PSP, chegando "a um entendimento consensual para
prestar mais atenção a estas situações."A UM fez saber que os
dois casos que conhece são alvo da nossa atenção. Estamos alerta, por
isso dispomos de segurança própria e temos plano que se desencadeará
quando se registar uma situação do género", disse a pró-reitora,
Felisbela Lopes.A PSP refere que o local é muito movimentado por
alunos da UM e por jovens de fora do ambiente universitário, "motivo
pelo qual é igualmente um local mais propenso a aparecerem situações
limite de criminalidade". Por isso, a PSP "tem empenhado diferentes
formas de policiamento naquele local, nomeadamente elementos da
investigação criminal, trânsito, patrulhas de área e equipas de
intervenção rápida".A PSP "coloca de parte todas as notícias que
indiquem que os crimes foram praticados por um gangue". Porém, os
alunos contactados pelo JN garantem que são sempre os mesmos e
reconhecidos na zona por enformarem o estilo "Mitra", identificáveis
pelo chapéu, calças de ganga largas e brincos.