Pinto de Sousa, ex-líder
da arbitragem da FPF, está acusado de 144 crimes de falsificação de
documentos
Corrupção:
Julgamento sobre viciação de notas dos árbitros
Ex-árbitros pedem 190 mil
Três ex-juízes
constituídos assistentes no julgamento da viciação sobre as
classificações dos árbitros exigem 190 mil euros de indemnização aos 16
arguidos, entre os quais está Pinto de Sousa, ex-líder do Conselho de
Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol.
"[Paulo Alves] desceu injustamente. Tinha pontuações que
não eram para descer", disse ontem Alberto Oliveira, assistente de
Paulo Alves, juiz de Leiria. Na 7ª sessão do julgamento que decorre no
Campus de Justiça (Lisboa), os advogados dos assistentes interpelaram as
testemunhas no sentido de provar que as notas de subida e descida nas
épocas 2002/2003 e 2003/04 foram falsificadas. "Tinha o objectivo de
chegar a árbitro de primeira liga depois de dois anos como suplente.
Depois de ter sido informado da despromoção da II para a III ficou muito
desmotivado e refugiou-se em casa", revelou a testemunha Mário Freitas
sobre Paulo Alves (pede uma indemnização de 120 mil euros aos ex-membros
do CA).
Ricardo Silva, ex-assistente e filho de
José Arnaldo Silva (pede 30 mil euros), disse em tribunal que a
despromoção do ex-árbitro (2002/03) da terceira categoria nacional para
os distritais teve "como causa directa uma alegada falsificação na
classificação" do final da temporada.
Já as
testemunhas do ex-árbitro Castro Alves (pede 40 mil euros) disseram que o
juiz do Porto recorreu da descida e que o seu pedido foi indeferido.
TESTEMUNHAS DE PINTO DE SOUSA
A próxima sessão do julgamento (23 de Março) vai
assinalar a audição das testemunhas de defesa do principal arguido do
processo, Pinto de Sousa, que ao contrário da sessão anterior (à qual
faltou por doença) marcou ontem presença em tribunal. O ex-presidente do
Conselho de Arbitragem da FPF de 1983 a 89 e de 98 a 2004 está
indiciado da prática de 144 crimes de falsificação de documentos. O caso
da viciação das notas dos árbitros teve origem na certidão nº 51,
extraída do ‘Apito Dourado’, um processo judicial sobre corrupção na
arbitragem e no futebol profissional e outros crimes associados.
APONTAMENTOS
CANAL
BENFICA
A testemunha do assistente Paulo Alves,
Pedro José Franco, arrancou sorrisos em tribunal quando respondeu que
tinha ouvido as escutas sobre falsificação das notas aos árbitros no
‘Canal Benfica’.
VIDEOCONFERÊNCIA
A primeira testemunha de ontem foi o observador
madeirense Jorge França. Através de videoconferência, França admitiu ter
sido "algumas vezes" contactado pelo arguido António Henriques para
falar sobre arbitragem. "Nunca me pediu para beneficiar ou prejudicar
ninguém", garantiu.
ACUSAÇÃO
No
próximo dia 23 de Março serão ouvidas as últimas cinco testemunhas de
acusação que ainda não foram ouvidas pelo colectivo de juízes, liderado
por Clarisse Gonçalves.
da arbitragem da FPF, está acusado de 144 crimes de falsificação de
documentos
Corrupção:
Julgamento sobre viciação de notas dos árbitros
Ex-árbitros pedem 190 mil
Três ex-juízes
constituídos assistentes no julgamento da viciação sobre as
classificações dos árbitros exigem 190 mil euros de indemnização aos 16
arguidos, entre os quais está Pinto de Sousa, ex-líder do Conselho de
Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol.
"[Paulo Alves] desceu injustamente. Tinha pontuações que
não eram para descer", disse ontem Alberto Oliveira, assistente de
Paulo Alves, juiz de Leiria. Na 7ª sessão do julgamento que decorre no
Campus de Justiça (Lisboa), os advogados dos assistentes interpelaram as
testemunhas no sentido de provar que as notas de subida e descida nas
épocas 2002/2003 e 2003/04 foram falsificadas. "Tinha o objectivo de
chegar a árbitro de primeira liga depois de dois anos como suplente.
Depois de ter sido informado da despromoção da II para a III ficou muito
desmotivado e refugiou-se em casa", revelou a testemunha Mário Freitas
sobre Paulo Alves (pede uma indemnização de 120 mil euros aos ex-membros
do CA).
Ricardo Silva, ex-assistente e filho de
José Arnaldo Silva (pede 30 mil euros), disse em tribunal que a
despromoção do ex-árbitro (2002/03) da terceira categoria nacional para
os distritais teve "como causa directa uma alegada falsificação na
classificação" do final da temporada.
Já as
testemunhas do ex-árbitro Castro Alves (pede 40 mil euros) disseram que o
juiz do Porto recorreu da descida e que o seu pedido foi indeferido.
TESTEMUNHAS DE PINTO DE SOUSA
A próxima sessão do julgamento (23 de Março) vai
assinalar a audição das testemunhas de defesa do principal arguido do
processo, Pinto de Sousa, que ao contrário da sessão anterior (à qual
faltou por doença) marcou ontem presença em tribunal. O ex-presidente do
Conselho de Arbitragem da FPF de 1983 a 89 e de 98 a 2004 está
indiciado da prática de 144 crimes de falsificação de documentos. O caso
da viciação das notas dos árbitros teve origem na certidão nº 51,
extraída do ‘Apito Dourado’, um processo judicial sobre corrupção na
arbitragem e no futebol profissional e outros crimes associados.
APONTAMENTOS
CANAL
BENFICA
A testemunha do assistente Paulo Alves,
Pedro José Franco, arrancou sorrisos em tribunal quando respondeu que
tinha ouvido as escutas sobre falsificação das notas aos árbitros no
‘Canal Benfica’.
VIDEOCONFERÊNCIA
A primeira testemunha de ontem foi o observador
madeirense Jorge França. Através de videoconferência, França admitiu ter
sido "algumas vezes" contactado pelo arguido António Henriques para
falar sobre arbitragem. "Nunca me pediu para beneficiar ou prejudicar
ninguém", garantiu.
ACUSAÇÃO
No
próximo dia 23 de Março serão ouvidas as últimas cinco testemunhas de
acusação que ainda não foram ouvidas pelo colectivo de juízes, liderado
por Clarisse Gonçalves.