Fundo revolta clientes do BPP
No
dia em que foi conhecida a autorização da Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM) para a constituição de um Fundo Especial no
valor de 772 milhões de euros para pagar aos clientes que subscreveram
produtos de retorno absoluto do Banco Privado Português (BPP), dezenas
de depositantes interpelaram o ministro das Finanças para manifestarem
o seu protesto em relação à solução encontrada.
Aos
gritos "queremos o nosso dinheiro!", uma dezena de clientes confrontou
Teixeira dos Santos com aquilo que considera ser uma "má solução".
"Querem pagar-nos até 2020... morremos antes de vermos o nosso
dinheiro", afirmavam.
De acordo com a
autorização dada pela CMVM "o Fundo terá a duração de quatro anos,
prorrogáveis por deliberação da Assembleia de Participantes até ao
limite de dez anos". É com base nesta deliberação que os clientes
consideram que o prazo é demasiado longo para receberem o seu dinheiro
de volta. No entanto, segundo apurou o CM junto de fontes ligadas ao
processo, o prospecto definitivo do Fundo Especial de Investimento
consagra o pagamento garantido pelo Estado até 250 mil euros, aos
clientes que aderirem ao Fundo no prazo de quatro anos.
Um
comunicado da administração do BPP informa que os clientes têm entre 12
de Fevereiro e 4 de Março para manifestarem a sua adesão ao Fundo. A
data-limite para revogar as declarações de aceitação é 26 de Fevereiro.
A transmissão das unidades de participação para os clientes aderentes
acontecerá a 16 de Março.
PORMENORES
INSOLVÊNCIA
Com a constituição do Fundo diminui o risco de insolvência do BPP.
ILHAS VIRGENS
As aplicações que estavam nas Ilhas Virgens Britânicas passam para um fundo especial de direito português.
GARANTIA DO ESTADO
Todos os aderentes ao Fundo terão a garantia do Estado até 250 mil € por titular.
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