Factos são factos e, se esta partida foi antecipada em duas
semanas e meia, o Benfica foi directo ao objectivo que mais lhe
convinha e que mais o entusiasmava: marcar cedo e avançar para
uma vitória que, ainda que à condição, lhe
proporcionaria a liderança isolada da Liga Sagres, algo que
procurava há largos meses. E, dominando sem esmagar, tudo se
simplificou logo aos 10', com Cardozo a concluir uma jogada de
combinação que os falsos gémeos Pablo (Aimar) e
Javier (Saviola) executam de olhos fechados desde os tempos do River
Plate. Repetindo a dose no próximo sábado, em
Setúbal, a equipa encarnada alargará para seis pontos a
vantagem sobre o Braga, o mais próximo perseguidor, que
só vai ao jogo (no Restelo) segunda-feira que vem. E como
sugeriu Jorge Jesus na digestão do triunfo arrancado ante o
Leiria, os bracarenses terão de comprovar o que valem e
demonstrar se são de facto capazes de suportar a pressão
e de continuar nesta guerra pelo título. Sim, porque a onda
encarnada cresce de vitória em vitória e, em
função do que se vê e analisa, a pergunta que paira
no ar é esta: alguém é capaz de parar este
Benfica?
Comandando a bel-prazer as ofensivas do Benfica, Aimar foi servindo
e foi-se servindo de Saviola para perfurar a cortina defensiva do
Leiria, que, de forma surpreendente, se apresentou na Luz com cinco
unidades recuadas, tendo o técnico Lito Vidigal confiado a Elias
uma missão duplamente ingrata: actuar como terceiro central,
acompanhando Diego Gaúcho e Zé António, e ser uma
sombra implacável de Cardozo. Fracassou nesse papel, porque aos
10' já o matador do Benfica empurrava a bola para o fundo das
redes. Com o falhanço de Elias, também a
estratégia dos homens do Lis ia por água abaixo.
Nas calmas, a bola circulava quase sempre pelos pés dos
jogadores encarnados, que nesta fase do encontro eram, aqui ou ali,
travados pelo menor andamento de Ramires. Ontem de regresso à
titularidade, o brasileiro, durante o primeiro tempo, foi a unidade
mais fraca de um conjunto que, em ataque continuado, e mesmo estando em
vantagem no marcador, punha nove unidades no meio campo ofensivo.
Sempre por cima, a equipa de Jorge Jesus poderia ter construído
uma diferença maior antes do intervalo.
No primeiro quarto de hora da segunda parte, já com o Leiria
a dar projecção ofensiva aos laterais (Hugo Gomes e Paulo
Vinicius) e juntando Vítor Moreno a Carlão na frente,
numa tentativa de reconverter uma estratégia (pouco ambiciosa)
que bem cedo ruíra, o Benfica ainda se sentiu incomodado, porque
Silas é um jogador habilidoso e ainda está para as
curvas. Mas, guarnecido por jogadores de classe, arranjou maneira de
pôr uma pedra no resultado. Aos 60', Fábio
Coentrão, que vai ganhando pontos como lateral - especialmente
no cumprimento das obrigações atacantes -, convidou
Saviola a ser o realizador de um belo momento de entretenimento. E o
argentino, depois de partir Diego Gaúcho e já de
ângulo apertado, meteu a bola no fundo da baliza. Foi a cereja em
cima da assistência para Cardozo no golo inaugural.
Estava tudo resolvido. Mas ainda houve tempo e oportunidades para o
golo 50 do Benfica no campeonato. Foi obra de Rúben Amorim - que
entrara para o lugar de Ramires -, num remate de fora da área,
já ao minuto 89. Nesta altura, também por ter ficado
reduzido a nove jogadores e meio - Elias foi expulso aos 75' e o
guarda-redes Djuricic lesionou-se na ponta final -, o Leiria já
estava mais do que morto.
semanas e meia, o Benfica foi directo ao objectivo que mais lhe
convinha e que mais o entusiasmava: marcar cedo e avançar para
uma vitória que, ainda que à condição, lhe
proporcionaria a liderança isolada da Liga Sagres, algo que
procurava há largos meses. E, dominando sem esmagar, tudo se
simplificou logo aos 10', com Cardozo a concluir uma jogada de
combinação que os falsos gémeos Pablo (Aimar) e
Javier (Saviola) executam de olhos fechados desde os tempos do River
Plate. Repetindo a dose no próximo sábado, em
Setúbal, a equipa encarnada alargará para seis pontos a
vantagem sobre o Braga, o mais próximo perseguidor, que
só vai ao jogo (no Restelo) segunda-feira que vem. E como
sugeriu Jorge Jesus na digestão do triunfo arrancado ante o
Leiria, os bracarenses terão de comprovar o que valem e
demonstrar se são de facto capazes de suportar a pressão
e de continuar nesta guerra pelo título. Sim, porque a onda
encarnada cresce de vitória em vitória e, em
função do que se vê e analisa, a pergunta que paira
no ar é esta: alguém é capaz de parar este
Benfica?
Comandando a bel-prazer as ofensivas do Benfica, Aimar foi servindo
e foi-se servindo de Saviola para perfurar a cortina defensiva do
Leiria, que, de forma surpreendente, se apresentou na Luz com cinco
unidades recuadas, tendo o técnico Lito Vidigal confiado a Elias
uma missão duplamente ingrata: actuar como terceiro central,
acompanhando Diego Gaúcho e Zé António, e ser uma
sombra implacável de Cardozo. Fracassou nesse papel, porque aos
10' já o matador do Benfica empurrava a bola para o fundo das
redes. Com o falhanço de Elias, também a
estratégia dos homens do Lis ia por água abaixo.
Nas calmas, a bola circulava quase sempre pelos pés dos
jogadores encarnados, que nesta fase do encontro eram, aqui ou ali,
travados pelo menor andamento de Ramires. Ontem de regresso à
titularidade, o brasileiro, durante o primeiro tempo, foi a unidade
mais fraca de um conjunto que, em ataque continuado, e mesmo estando em
vantagem no marcador, punha nove unidades no meio campo ofensivo.
Sempre por cima, a equipa de Jorge Jesus poderia ter construído
uma diferença maior antes do intervalo.
No primeiro quarto de hora da segunda parte, já com o Leiria
a dar projecção ofensiva aos laterais (Hugo Gomes e Paulo
Vinicius) e juntando Vítor Moreno a Carlão na frente,
numa tentativa de reconverter uma estratégia (pouco ambiciosa)
que bem cedo ruíra, o Benfica ainda se sentiu incomodado, porque
Silas é um jogador habilidoso e ainda está para as
curvas. Mas, guarnecido por jogadores de classe, arranjou maneira de
pôr uma pedra no resultado. Aos 60', Fábio
Coentrão, que vai ganhando pontos como lateral - especialmente
no cumprimento das obrigações atacantes -, convidou
Saviola a ser o realizador de um belo momento de entretenimento. E o
argentino, depois de partir Diego Gaúcho e já de
ângulo apertado, meteu a bola no fundo da baliza. Foi a cereja em
cima da assistência para Cardozo no golo inaugural.
Estava tudo resolvido. Mas ainda houve tempo e oportunidades para o
golo 50 do Benfica no campeonato. Foi obra de Rúben Amorim - que
entrara para o lugar de Ramires -, num remate de fora da área,
já ao minuto 89. Nesta altura, também por ter ficado
reduzido a nove jogadores e meio - Elias foi expulso aos 75' e o
guarda-redes Djuricic lesionou-se na ponta final -, o Leiria já
estava mais do que morto.