Em Londres cometeu o último erro no FC Porto. Pinto da Costa vai
contratar um substituto para o lugar do professor
Às vezes está-se há tanto tempo e tão confortável num lugar que a
leitura da realidade falha. "Nos últimos três anos o FC Porto
foi a equipa com mais golos marcados e com menos sofridos. Só nos resta
tentar um campeonato sem derrotas." Jesualdo Ferreira
falava assim no Verão, imbatível, mesmo sabendo que a equipa não era a
mesma da época passada. Tinha perdido Lucho González e Lisandro
López mas talvez acreditasse na sua capacidade de reconstrução
do plantel, sempre tão elogiada pela crítica. A verdade é que o FC
Porto começou a perder, saiu da discussão do campeonato e agora foi
expulso da Liga dos Campeões de forma humilhante. O PEC
do professor falhou, a equipa não reage e pior, dá sinais de não estar
ao seu lado - na próxima época é mais provável que vá treinar para o
estrangeiro do que continue no Dragão.
Pinto
da Costa não costuma demorar muito tempo a perceber o que está
à sua volta. O FC Porto tem dois treinadores à mercê no mercado -
Domingos Paciência (Sporting de Braga) e Jorge Costa
(Olhanense) - e só não tem três porque André Villas-Boas
(Académica) ficou entretanto preso ao Sporting. O
futuro é por aqui e Jesualdo Ferreira não deve cumprir o ano de contrato
que lhe falta, aproveitando a solução estrangeira que disse ter
recusado no passado.
A porta está aberta porque o seu Programa
de Estabilidade e Crescimento ficou a nu em Londres e logo da pior
forma, quando tentou fazer crer que um futebolista praticamente sem
currículo europeu tinha capacidade para jogar ao mais alto nível. Nuno
André Coelho, central que andou emprestado por Standard Liège,
Portimonense e Estrela da Amadora, foi lançado no meio-campo mas ao fim
de 45 minutos ficava no balneário. A substituição foi o assumir do erro
e da análise. E isso a crítica nunca deixa passar em claro a um
treinador.
É claro que a goleada por 5-0 ampliou os falhanços,
mais ou menos graves, mas o problema é que Jesualdo Ferreira já tem
historial de invenções falhadas. De repente, a excepção passou a ser
vista como regra: em 2006/07, também contra o Arsenal, deixou Meireles
no banco para colocar o improvável Cech; perdeu 2-0. No mesmo ano também
mudou o meio-campo contra o Chelsea e voltou a sair derrotado; com o
Liverpool, em 2007/08, lançou três surpresas no onze inicial (Stepanov,
Kazmierczak e Mariano) e acabou goleado 4-1. No ano seguinte, nova
humilhação (4-0) com o Arsenal - Guarín foi aposta. Parece sina, porque
há outra cartada falhada que ninguém esquece, mas esta inventada por
António Oliveira quando fez de (João Carlos Rodrigues da) Costa um
titular no meio-campo que jogava em Manchester. Aos 24 minutos o rapaz
foi substituído por Jardel e a sua vida nunca mais foi a mesma (ver
entrevista ao lado).
As derrotas na Europa podem ser mediáticas
mas não fariam grande diferença se em Portugal a equipa continuasse como
de costume: a ganhar. Em 1997, nesse ano em que Oliveira e o FC Porto
perderam 4-0 com o United, os dragões acabaram campeões nacionais. E
isso pode fazer toda a diferença.
contratar um substituto para o lugar do professor
Às vezes está-se há tanto tempo e tão confortável num lugar que a
leitura da realidade falha. "Nos últimos três anos o FC Porto
foi a equipa com mais golos marcados e com menos sofridos. Só nos resta
tentar um campeonato sem derrotas." Jesualdo Ferreira
falava assim no Verão, imbatível, mesmo sabendo que a equipa não era a
mesma da época passada. Tinha perdido Lucho González e Lisandro
López mas talvez acreditasse na sua capacidade de reconstrução
do plantel, sempre tão elogiada pela crítica. A verdade é que o FC
Porto começou a perder, saiu da discussão do campeonato e agora foi
expulso da Liga dos Campeões de forma humilhante. O PEC
do professor falhou, a equipa não reage e pior, dá sinais de não estar
ao seu lado - na próxima época é mais provável que vá treinar para o
estrangeiro do que continue no Dragão.
Pinto
da Costa não costuma demorar muito tempo a perceber o que está
à sua volta. O FC Porto tem dois treinadores à mercê no mercado -
Domingos Paciência (Sporting de Braga) e Jorge Costa
(Olhanense) - e só não tem três porque André Villas-Boas
(Académica) ficou entretanto preso ao Sporting. O
futuro é por aqui e Jesualdo Ferreira não deve cumprir o ano de contrato
que lhe falta, aproveitando a solução estrangeira que disse ter
recusado no passado.
A porta está aberta porque o seu Programa
de Estabilidade e Crescimento ficou a nu em Londres e logo da pior
forma, quando tentou fazer crer que um futebolista praticamente sem
currículo europeu tinha capacidade para jogar ao mais alto nível. Nuno
André Coelho, central que andou emprestado por Standard Liège,
Portimonense e Estrela da Amadora, foi lançado no meio-campo mas ao fim
de 45 minutos ficava no balneário. A substituição foi o assumir do erro
e da análise. E isso a crítica nunca deixa passar em claro a um
treinador.
É claro que a goleada por 5-0 ampliou os falhanços,
mais ou menos graves, mas o problema é que Jesualdo Ferreira já tem
historial de invenções falhadas. De repente, a excepção passou a ser
vista como regra: em 2006/07, também contra o Arsenal, deixou Meireles
no banco para colocar o improvável Cech; perdeu 2-0. No mesmo ano também
mudou o meio-campo contra o Chelsea e voltou a sair derrotado; com o
Liverpool, em 2007/08, lançou três surpresas no onze inicial (Stepanov,
Kazmierczak e Mariano) e acabou goleado 4-1. No ano seguinte, nova
humilhação (4-0) com o Arsenal - Guarín foi aposta. Parece sina, porque
há outra cartada falhada que ninguém esquece, mas esta inventada por
António Oliveira quando fez de (João Carlos Rodrigues da) Costa um
titular no meio-campo que jogava em Manchester. Aos 24 minutos o rapaz
foi substituído por Jardel e a sua vida nunca mais foi a mesma (ver
entrevista ao lado).
As derrotas na Europa podem ser mediáticas
mas não fariam grande diferença se em Portugal a equipa continuasse como
de costume: a ganhar. Em 1997, nesse ano em que Oliveira e o FC Porto
perderam 4-0 com o United, os dragões acabaram campeões nacionais. E
isso pode fazer toda a diferença.