"Pensei que ele tinha violado a minha filha"
Hoje
"Pensei
no pior, mas nunca na morte. Pensei que ele tinha violado a minha
filha", desabafou ontem em tribunal Rosa Maria Ferreira, mãe da menina
de sete anos estrangulada pelo pai com o cinto do roupão, em Maio do
ano passado, em S. Mamede de Infesta, Matosinhos.A mulher contou
ao colectivo de juízes que entrou em pânico quando, nessa noite, às
22.35, já bem para além da hora combinada para que a pequena Maria João
lhe ser entregue, recebeu uma mensagem de telemóvel do ex- -marido. "A
menina está a descansar com os anjos", escreveu João Pinto. O casal
estava separado, divorciado desde Setembro de 2007. Mas João Pinto
nunca aceitou a separação. Rosa Maria contou que casaram em 2001, na
Igreja de Santa Luzia, em Viana do Castelo. "Era um sonho de uma
princesa", recordou a mulher, afirmando que João foi durante várias
anos um bom marido, não fazendo distinção entre as duas filhas gémeas
que Rosa tinha de um anterior relacionamento e a pequena Maria João que
nasceu em Abril de 2002.Os problemas começaram a surgir em 2007.
Motorista do Instituto do Emprego, Rosa era uma mulher um pouco ausente
e João Pinto começou a sentir ciúmes e a acusar a mulher de ter outros
relacionamentos. Passou a dormir no sofá e a não colaborar com as
tarefas da casa. Acabou por se transformar "num inquilino". Mesmo após
o divórcio, ambos residiam na mesma casa até que um dia João fez uma
"proposta indecente", ofereceu dinheiro à ex-mulher em troca de sexo.
No outro dia estava na rua.Rosa foi, pouco depois, viver com as
filhas para a Maia. João Pinto regressou ao apartamento de S. Mamede e,
de 15 em 15 dias tinha um fim-de-semana com a filha. A meio da semana
ia buscar a menina à escola e jantavam juntos. "Nos últimos tempos
andava melhor, parecia que tinha interiorizado o divórcio", refere
Rosa. Para a ex-mulher "era um bom pai" e e Maria João "gostava muito
dele". Ao mesmo tempo, o pai insistia em passar mais tempo com a filha.
Rosa sente-se, contudo, "arrependida e culpada" por ter deixado a filha
jantar com o pai.
Hoje
"Pensei
no pior, mas nunca na morte. Pensei que ele tinha violado a minha
filha", desabafou ontem em tribunal Rosa Maria Ferreira, mãe da menina
de sete anos estrangulada pelo pai com o cinto do roupão, em Maio do
ano passado, em S. Mamede de Infesta, Matosinhos.A mulher contou
ao colectivo de juízes que entrou em pânico quando, nessa noite, às
22.35, já bem para além da hora combinada para que a pequena Maria João
lhe ser entregue, recebeu uma mensagem de telemóvel do ex- -marido. "A
menina está a descansar com os anjos", escreveu João Pinto. O casal
estava separado, divorciado desde Setembro de 2007. Mas João Pinto
nunca aceitou a separação. Rosa Maria contou que casaram em 2001, na
Igreja de Santa Luzia, em Viana do Castelo. "Era um sonho de uma
princesa", recordou a mulher, afirmando que João foi durante várias
anos um bom marido, não fazendo distinção entre as duas filhas gémeas
que Rosa tinha de um anterior relacionamento e a pequena Maria João que
nasceu em Abril de 2002.Os problemas começaram a surgir em 2007.
Motorista do Instituto do Emprego, Rosa era uma mulher um pouco ausente
e João Pinto começou a sentir ciúmes e a acusar a mulher de ter outros
relacionamentos. Passou a dormir no sofá e a não colaborar com as
tarefas da casa. Acabou por se transformar "num inquilino". Mesmo após
o divórcio, ambos residiam na mesma casa até que um dia João fez uma
"proposta indecente", ofereceu dinheiro à ex-mulher em troca de sexo.
No outro dia estava na rua.Rosa foi, pouco depois, viver com as
filhas para a Maia. João Pinto regressou ao apartamento de S. Mamede e,
de 15 em 15 dias tinha um fim-de-semana com a filha. A meio da semana
ia buscar a menina à escola e jantavam juntos. "Nos últimos tempos
andava melhor, parecia que tinha interiorizado o divórcio", refere
Rosa. Para a ex-mulher "era um bom pai" e e Maria João "gostava muito
dele". Ao mesmo tempo, o pai insistia em passar mais tempo com a filha.
Rosa sente-se, contudo, "arrependida e culpada" por ter deixado a filha
jantar com o pai.