Rodar equipa sem revolucionar

Rodar equipa sem revolucionar



Baralhar e dar de
novo. Assim prometeu Jorge Jesus após o Bonfim, fruto da menor frescura
física evidenciada após três jogos em oito dias: serão quatro em dez
dias com o derby de amanhã, em Alvalade, com o Sporting.

As
mudanças podem mesmo começar na baliza. Na Taça da Liga, já jogaram os
três guarda-redes. Júlio César, sem jogar há quase um mês - fê-lo pela
última vez a 13 de Janeiro (V. Guimarães) - está na linha da frente. As
mexidas devem continuar à direita da defesa: Maxi Pereira, a par de
Javi

García e Pablo Aimar, será, porventura, das unidades que
mais fadiga evidencia. Por isso, Rúben Amorim deverá render o uruguaio
numa posição que conhece. Já no eixo, Luisão e David Luiz estão de
pedra e cal.

À esquerda, dará jeito ter César Peixoto
recuperado - voltou a treinar-se condicionado ontem, devido a
traumatismo no joelho esquerdo -, para poupar Fábio Coentrão, ali
adaptado. Di María viu o quinto amarelo na Liga em Setúbal - não
defronta o Belenenses, sábado - estará à frente de um deles, na asa
esquerda: afinal, Angelito tem descanso forçado. É o único castigado,
enquanto Sidnei se mantém em treino condicionado e fora de planos.

Retocar sem desvirtuar

No
âmbito da cultura de equipa que Jesus não se cansa de sublinhar existir
no grupo, Ramires, suplente utilizado no Bonfim, deve ter a seu cargo a
asa direita, com Carlos Martins no papel de patrão da intermediária, o
que permitirá poupar Aimar. O recurso (com efeito suspensivo) dos dois
jogos de castigo aplicados a Javi García é elucidativo da importância
que o técnico confere a defender o único troféu de que o Benfica é
detentor... e da nuclearidade que atribui a ter o espanhol no onze,
apesar de muitos jogos nas pernas.

Ataque é a maior incógnita

Cardozo
será aposta natural no ataque, mesmo após o penalty falhado, e face ao
melhor momento de Javier Saviola. Mas se Jesus entender que ambos estão
a precisar de repouso, Éder Luís e Kardec estão a postos, havendo ainda
Nuno Gomes - que, como Saviola, pode recuar e jogar a dez - ou Weldon
para qualquer eventualidade. Venha... Jesus e escolha