Dois médicos, o sócio-gerente de uma escola de condução e um antigo
instrutor estão a ser julgados em Albergaria-a-Velha acusados de
falsificação de documentos e corrupção. Em causa está a emissão de
atestados médicos sem consulta a troco de oito euros cada. José
Manuel Torres e Meneses, de 62 anos, médico em Albergaria-a-Velha e
ex-delegado de saúde, e o seu colega, Aníbal Alves da Silva, de 61 anos,
de Souto, Santa Maria da Feira, são os dois clínicos que ontem
começaram a ser julgados em Albergaria-a-Velha juntamente com António
Valente, sócio gerente da Escola de Condução de Albergaria-a-Velha e
Manuel Tavares, antigo instrutor daquela escola.Diz a acusação
que os dois médicos passavam os atestados de aptidão física e mental
necessários à carta de condução sem que fossem sujeitos a exames médicos
presenciais, como é obrigatório, a troco de contrapartidas pecuniárias
(cerca de oito euros por atestado) que seriam pagas pela escola de
condução. No caso do clínico de Albergaria-a-Velha, ainda segundo
a acusação, os atestados eram também passados na qualidade de
autoridade de saúde devido às funções que exercia. Os arguidos são todos
acusados de falsificação de documentos (os atestados médicos). Os
clínicos respondem por corrupção passiva e o gerente da escola e o
instrutor por corrupção activa."Se passei foi por engano", disse
ontem perante o colectivo de juízes do tribunal de Albergaria-a-Velha
José Manuel Torres e Meneses que negou ter recebido dinheiro. "Não
reparei que eram atestados de delegado de saúde, senão obrigava-os a ir
ao Centro de Saúde", disse o médico no tribunal. Torres e Meneses
acrescentou ainda que recebia os atestados já preenchidos do instrutor
Manuel Tavares, que os entregava numa pasta, nomeadamente numa
pastelaria onde lanchava, e que passados três dias os devolvia
assinados, sem nunca ver os candidatos. O médico explicou que se
tratou de casos em que conhecia familiares dos candidatos ou em que
pediu informações aos médicos de família e garantiu que nem sequer
conhecia o sócio-gerente da escola de condução. "Nunca recebi nada",
sublinhou. "Acho hoje que foi um procedimento errado", rematou. Também
Aníbal Alves da Silva afirmou nunca ter recebido dinheiro algum pelos
atestados, embora tenha reconhecido que passou "meia dúzia", mas
unicamente "por amizade" " com o gerente da escola.
instrutor estão a ser julgados em Albergaria-a-Velha acusados de
falsificação de documentos e corrupção. Em causa está a emissão de
atestados médicos sem consulta a troco de oito euros cada. José
Manuel Torres e Meneses, de 62 anos, médico em Albergaria-a-Velha e
ex-delegado de saúde, e o seu colega, Aníbal Alves da Silva, de 61 anos,
de Souto, Santa Maria da Feira, são os dois clínicos que ontem
começaram a ser julgados em Albergaria-a-Velha juntamente com António
Valente, sócio gerente da Escola de Condução de Albergaria-a-Velha e
Manuel Tavares, antigo instrutor daquela escola.Diz a acusação
que os dois médicos passavam os atestados de aptidão física e mental
necessários à carta de condução sem que fossem sujeitos a exames médicos
presenciais, como é obrigatório, a troco de contrapartidas pecuniárias
(cerca de oito euros por atestado) que seriam pagas pela escola de
condução. No caso do clínico de Albergaria-a-Velha, ainda segundo
a acusação, os atestados eram também passados na qualidade de
autoridade de saúde devido às funções que exercia. Os arguidos são todos
acusados de falsificação de documentos (os atestados médicos). Os
clínicos respondem por corrupção passiva e o gerente da escola e o
instrutor por corrupção activa."Se passei foi por engano", disse
ontem perante o colectivo de juízes do tribunal de Albergaria-a-Velha
José Manuel Torres e Meneses que negou ter recebido dinheiro. "Não
reparei que eram atestados de delegado de saúde, senão obrigava-os a ir
ao Centro de Saúde", disse o médico no tribunal. Torres e Meneses
acrescentou ainda que recebia os atestados já preenchidos do instrutor
Manuel Tavares, que os entregava numa pasta, nomeadamente numa
pastelaria onde lanchava, e que passados três dias os devolvia
assinados, sem nunca ver os candidatos. O médico explicou que se
tratou de casos em que conhecia familiares dos candidatos ou em que
pediu informações aos médicos de família e garantiu que nem sequer
conhecia o sócio-gerente da escola de condução. "Nunca recebi nada",
sublinhou. "Acho hoje que foi um procedimento errado", rematou. Também
Aníbal Alves da Silva afirmou nunca ter recebido dinheiro algum pelos
atestados, embora tenha reconhecido que passou "meia dúzia", mas
unicamente "por amizade" " com o gerente da escola.