Taxistas enfrentam cada
vez mais pessoas que depois da viagem fogem sem pagar a conta do
taxímetro
Borlas: Só
em Lisboa registou-se uma média de 50 casos por dia
Andar de táxi e fugir sem pagar não é crime
O
fenómeno de apanhar um táxi e fugir sem pagar está a aumentar. O
problema afecta essencialmente os taxistas das grandes cidades. Ao que o
CM apurou, só em Lisboa há cerca de 50 casos por dia. E quando as
autoridades conseguem identificar os autores das burlas e os casos
chegam a tribunal, a grande maioria das vezes, recebem o carimbo de
arquivados por parte do Ministério Público (MP).
Os taxistas que são vítimas de burlas deste género
"estão horas para apresentar as queixas na polícia e, quando vão para
tribunal, os casos são arquivados", lamenta Florêncio de Almeida,
presidente da Associação Nacional dos Tranportadores em Automóveis
Ligeiros (ANTRAL).
A impunidade para quem se
dedica a esta prática, que nem é considerada crime de abuso, furto ou
burla, está a levar os taxistas a desistirem de apresentar queixa
porque, dizem, "é só perder tempo e dinheiro".
Segundo
Florêncio Almeida, "cada vez há mais casos", mas "90 por cento dos
taxistas já não se dá ao trabalho e esquece as situações". Além de
perderem o dinheiro dos serviços, depois das fugas, os profissionais
"têm de pagar as taxas de tribunal porque o caso é arquivado e ninguém é
culpado".
CARRINHAS FAZEM CONCORRÊNCIA
Nos últimos dez anos, os táxis viram os serviços
reduzirem 40% a 50%, muito devido às carrinhas de agências de viagem que
começaram por fazer transportes de e para os aeroportos e agora fazem
qualquer serviço. "As carrinhas estão a fazer transportes sem licença e
prejudicam gravemente quem trabalha", acusa Florêncio de Almeida. No
Algarve já foram identificadas cerca de 400 viaturas que fazem
transportes. Em Lisboa, há carrinhas de hotéis que fazem transporte para
outros hotéis. Ao que o CM apurou, recepcionistas das unidades
hoteleiras recebem comissões por contactarem os proprietários das
carrinhas em vez dos táxis.
PORMENORES
POSTOS DE COMBUSTÍVEL
A ANTRAL
compara a situação com a decisão de um magistrado do MP de Silves, que
considerou que atestar o carro sem pagar não é crime.
PAGAMENTO ANTECIPADO
Florêncio de
Almeida explica que os taxistas não podem cobrar o dinheiro das viagens
antes da chegada ao destino.
vez mais pessoas que depois da viagem fogem sem pagar a conta do
taxímetro
Borlas: Só
em Lisboa registou-se uma média de 50 casos por dia
Andar de táxi e fugir sem pagar não é crime
O
fenómeno de apanhar um táxi e fugir sem pagar está a aumentar. O
problema afecta essencialmente os taxistas das grandes cidades. Ao que o
CM apurou, só em Lisboa há cerca de 50 casos por dia. E quando as
autoridades conseguem identificar os autores das burlas e os casos
chegam a tribunal, a grande maioria das vezes, recebem o carimbo de
arquivados por parte do Ministério Público (MP).
Os taxistas que são vítimas de burlas deste género
"estão horas para apresentar as queixas na polícia e, quando vão para
tribunal, os casos são arquivados", lamenta Florêncio de Almeida,
presidente da Associação Nacional dos Tranportadores em Automóveis
Ligeiros (ANTRAL).
A impunidade para quem se
dedica a esta prática, que nem é considerada crime de abuso, furto ou
burla, está a levar os taxistas a desistirem de apresentar queixa
porque, dizem, "é só perder tempo e dinheiro".
Segundo
Florêncio Almeida, "cada vez há mais casos", mas "90 por cento dos
taxistas já não se dá ao trabalho e esquece as situações". Além de
perderem o dinheiro dos serviços, depois das fugas, os profissionais
"têm de pagar as taxas de tribunal porque o caso é arquivado e ninguém é
culpado".
CARRINHAS FAZEM CONCORRÊNCIA
Nos últimos dez anos, os táxis viram os serviços
reduzirem 40% a 50%, muito devido às carrinhas de agências de viagem que
começaram por fazer transportes de e para os aeroportos e agora fazem
qualquer serviço. "As carrinhas estão a fazer transportes sem licença e
prejudicam gravemente quem trabalha", acusa Florêncio de Almeida. No
Algarve já foram identificadas cerca de 400 viaturas que fazem
transportes. Em Lisboa, há carrinhas de hotéis que fazem transporte para
outros hotéis. Ao que o CM apurou, recepcionistas das unidades
hoteleiras recebem comissões por contactarem os proprietários das
carrinhas em vez dos táxis.
PORMENORES
POSTOS DE COMBUSTÍVEL
A ANTRAL
compara a situação com a decisão de um magistrado do MP de Silves, que
considerou que atestar o carro sem pagar não é crime.
PAGAMENTO ANTECIPADO
Florêncio de
Almeida explica que os taxistas não podem cobrar o dinheiro das viagens
antes da chegada ao destino.