O jovem baleado num olho ao ser perseguido pela GNR, em Outubro de
2006, em Gaia, foi condenado, ontem, a uma pena suspensa de prisão pela
fuga perigosa que protagonizou. Ficou, também, obrigado a ir ao hospital
visitar vítimas de acidentes de viação. O Tribunal de Gaia
deu como provado que Hugo Rodrigues, de 26 anos, cometeu os crimes de
furto de uso de veículo, condução perigosa, condução sem carta e
resistência e coacção sobre as autoridades. O cúmulo jurídico foi fixado
em dois anos e meio de prisão, mas a pena ficou suspensa por igual
período e mediante condições.Assim, a juíza-presidente advertiu o
arguido de que a "oportunidade" que lhe está a ser dada implicará, além
de não praticar crimes, que seja acompanhado pelo Instituto de
Reinserção Social, que "afaste" definitivamente a dependência do álcool e
se desloque ao Hospital de Gaia para contactar vítimas de acidentes
rodoviários e "tomar consciência do drama" da sinistralidade. O
tribunal concluiu que Hugo, ao volante de uma carrinha furtada,
embriagado e transportando duas passageiras (uma delas também acabou
baleada), encetou uma fuga perigosa à GNR, ao longo de 13 quilómetros e
com várias infracções de trânsito. "Só por sorte não provocou um
acidente", reiterou a magistrada. Na parte final, e ao
desobedecer à ordem de paragem de um guarda que compunha uma barreira
policial e que acabaria por alvejá-lo a tiro, o condutor "usou da ameaça
e violência contra um agente da autoridade no uso legítimo das suas
funções".Indemnização ao guardaA juíza destacou, entre
outras atenuantes, que as "lesões graves" sofridas por Hugo, que ficou
cego de um olho, poderão servir de alerta para que ele não volte a ter
condutas semelhantes. Além da pena suspensa (a terceira a que já foi
sujeito), o jovem terá de indemnizar em 1800 euros o soldado da GNR que
esteve em risco de ser atropelado.Ao JN, Carla Henriques,
advogada do arguido, considerou a pena "justa e ressocializadora". "É um
acórdão humano. O Hugo já foi bastante castigado", afirmou.
Relativamente ao processo contra o autor do disparo - arquivado porque o
Ministério Público concluiu que o soldadoagiu em legítima defesa - a
causídica explicou que o caso está em fase de instrução.
2006, em Gaia, foi condenado, ontem, a uma pena suspensa de prisão pela
fuga perigosa que protagonizou. Ficou, também, obrigado a ir ao hospital
visitar vítimas de acidentes de viação. O Tribunal de Gaia
deu como provado que Hugo Rodrigues, de 26 anos, cometeu os crimes de
furto de uso de veículo, condução perigosa, condução sem carta e
resistência e coacção sobre as autoridades. O cúmulo jurídico foi fixado
em dois anos e meio de prisão, mas a pena ficou suspensa por igual
período e mediante condições.Assim, a juíza-presidente advertiu o
arguido de que a "oportunidade" que lhe está a ser dada implicará, além
de não praticar crimes, que seja acompanhado pelo Instituto de
Reinserção Social, que "afaste" definitivamente a dependência do álcool e
se desloque ao Hospital de Gaia para contactar vítimas de acidentes
rodoviários e "tomar consciência do drama" da sinistralidade. O
tribunal concluiu que Hugo, ao volante de uma carrinha furtada,
embriagado e transportando duas passageiras (uma delas também acabou
baleada), encetou uma fuga perigosa à GNR, ao longo de 13 quilómetros e
com várias infracções de trânsito. "Só por sorte não provocou um
acidente", reiterou a magistrada. Na parte final, e ao
desobedecer à ordem de paragem de um guarda que compunha uma barreira
policial e que acabaria por alvejá-lo a tiro, o condutor "usou da ameaça
e violência contra um agente da autoridade no uso legítimo das suas
funções".Indemnização ao guardaA juíza destacou, entre
outras atenuantes, que as "lesões graves" sofridas por Hugo, que ficou
cego de um olho, poderão servir de alerta para que ele não volte a ter
condutas semelhantes. Além da pena suspensa (a terceira a que já foi
sujeito), o jovem terá de indemnizar em 1800 euros o soldado da GNR que
esteve em risco de ser atropelado.Ao JN, Carla Henriques,
advogada do arguido, considerou a pena "justa e ressocializadora". "É um
acórdão humano. O Hugo já foi bastante castigado", afirmou.
Relativamente ao processo contra o autor do disparo - arquivado porque o
Ministério Público concluiu que o soldadoagiu em legítima defesa - a
causídica explicou que o caso está em fase de instrução.