Os “coelhos” que Jesus tem na cartola

Os “coelhos” que Jesus tem na cartola




Caso Saviola não
recupere para o jogo com o Sp. Braga, Aimar ao lado de Cardozo é
solução. Éder Luís é opção natural. Di María desequilibra.

Todas
as esperanças na eventual recuperação de Saviola da contusão muscular na
coxa direita que sofreu no treino de terça-feira são ainda possíveis,
mas Jorge Jesus, como noutros casos de jogadores cuja disponibilidade é
incógnita quase até ao último momento - e têm existido todas as semanas,
praticamente - tem, como técnico tarimbado e conhecedor do futebol
português, várias alternativas válidas em carteira para que a dinâmica e
eficácia do jogo ofensivo do Benfica não se venha a ressentir da
ausência de “el conejo”.

A fórmula que valeu, no último sábado, a
goleada (3-0) ao FC Porto e a conquista, pelo segundo ano consecutivo,
da Taça da Liga pode muito bem ter amanhã sequela: a utilização de Pablo
Aimar numa posição mais adiantada, com outras exigências colectivas e
mais próximo do golo do que se lhe conhecia, surpreendeu no Estádio do
Algarve, sábado, já não será original.

Mas Aimar render o
compatriota, velho amigo e companheiro de equipa de há uma década,
quando ambos despontavam no River Plate, é garantia que a defesa
bracarense terá de ter rins para a velocidade que os homens das pampas
(Di María incluído, claro) imprimem, regra geral, na zona da
finalização.

A utilização de Di María como unidade mais próxima
de Takuara e o adiantamento de Fábio Coentrão para extremo-esquerdo é
outra das estratégias alternativas na manga de Jesus para a eventual
impossibilidade de Saviola vir a cumprir, amanhã, o 24.º jogo na Liga
noutras tantas jornadas. Um cenário que a todo o custo se tenta evitar
na Luz. Ou não esteja Saviola a fazer, em termos de golos, a sua melhor
época dos últimos seis anos: apontou 20 pelo Barça entre Liga (13
tentos) e provas da UEFA (sete) em 2003/04. Com os 19 que já soma de
águia ao peito, falta-lhe um para igualar esse registo. Notável.

Éder
Luís marcou há um mês

A opção menos surpreendente seria Éder
Luís, que, há um mês (27 de Fevereiro) se estreou a marcar pela águia,
em Matosinhos, na noite do hat trick de Di María (4-0). A sua mobilidade
e velocidade pelos flancos, a romper, podem ser mais-valias atacantes
ao lado de Cardozo. Já Alan Kardec, herói em Marselha, a similitude de
características com Takuara desaconselham que integre o onze. Será?