Está acusado de
homicídio qualificado e de profanação de cadáver o homem suspeito de
matar e cortar a mãe e guardar o cadáver durante 10 meses na arca
frigorífica da casa onde viviam. O Ministério Público (MP) diz que Abel Ribeiro, à data dos factos, era "imputável".Abel
Ribeiro, 35 anos, matou a mãe, de 55 anos, após mais uma discussão.
Cortou-lhe a cabeça, os braços e as pernas, que embrulhou num cobertor
e escondeu na arca frigorífica. Viveu com o cadáver da mãe até ao
passado dia 16 de Junho, quando foi detido. Residia com a progenitora
há cerca de ano e meio, em Albergaria dos Doze, Pombal. No
despacho de acusação, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público
(MP) refere que Abel "sofre de doença psiquiátrica de natureza
endógena, de tipo psicótico, a qual afecta as capacidades de crítica e
auto-controle", mas, segundo um exame de psiquiatria forense,
revelou-se "imputável aquando da prática dos factos".O MP refere
que a convivência entre mãe e filho "era conflituosa", sentindo o
arguido que a vítima "exercia sobre si coacção psicológica, que o
tentava manipular contra o pai, que o restringia na sua liberdade,
controlando-o"."Idealizou, então, uma forma de pôr termo à vida
da mãe, ideia que foi amadurecendo ao longo de vários dias,
arquitectando a forma e meios de o concretizar", lê-se no documento.No
princípio de Agosto de 2008, aproveitando a saída da mãe à noite,
sabendo que ela "habitualmente, quando chegava a casa, bebia uma
chávena de leite", desfez cerca de 40/50 comprimidos ansiolíticos, que
colocou num pacote de leite no frigorífico. Quando chegou a casa, ela
bebeu o leite e deitou-se.Sufocou-a no sofá da salaO MP
sustenta que, na manhã seguinte, Maria chamou o filho, solicitando-lhe
ajuda, uma vez que não se sentia bem. Quando a viu adormecida no sofá
da sala, Abel tentou asfixiá-la com uma almofada e um edredão. "Uma vez
que a vítima resistia, agarrou num cutelo de cortar carne, batendo
várias vezes com o mesmo na cabeça" e "como ainda fazia movimentos, o
arguido pressionou novamente o edredão e a almofada, sufocando-a",
relata o MP.No dia seguinte "tentou levar o corpo para a arca
frigorífica", o que não conseguiu, "pelo que decidiu cortar o cadáver
em pedaços" com uma faca eléctrica. Sem o conseguir foi comprar, entre
outros objectos, uma serra de cortar ferro.
homicídio qualificado e de profanação de cadáver o homem suspeito de
matar e cortar a mãe e guardar o cadáver durante 10 meses na arca
frigorífica da casa onde viviam. O Ministério Público (MP) diz que Abel Ribeiro, à data dos factos, era "imputável".Abel
Ribeiro, 35 anos, matou a mãe, de 55 anos, após mais uma discussão.
Cortou-lhe a cabeça, os braços e as pernas, que embrulhou num cobertor
e escondeu na arca frigorífica. Viveu com o cadáver da mãe até ao
passado dia 16 de Junho, quando foi detido. Residia com a progenitora
há cerca de ano e meio, em Albergaria dos Doze, Pombal. No
despacho de acusação, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público
(MP) refere que Abel "sofre de doença psiquiátrica de natureza
endógena, de tipo psicótico, a qual afecta as capacidades de crítica e
auto-controle", mas, segundo um exame de psiquiatria forense,
revelou-se "imputável aquando da prática dos factos".O MP refere
que a convivência entre mãe e filho "era conflituosa", sentindo o
arguido que a vítima "exercia sobre si coacção psicológica, que o
tentava manipular contra o pai, que o restringia na sua liberdade,
controlando-o"."Idealizou, então, uma forma de pôr termo à vida
da mãe, ideia que foi amadurecendo ao longo de vários dias,
arquitectando a forma e meios de o concretizar", lê-se no documento.No
princípio de Agosto de 2008, aproveitando a saída da mãe à noite,
sabendo que ela "habitualmente, quando chegava a casa, bebia uma
chávena de leite", desfez cerca de 40/50 comprimidos ansiolíticos, que
colocou num pacote de leite no frigorífico. Quando chegou a casa, ela
bebeu o leite e deitou-se.Sufocou-a no sofá da salaO MP
sustenta que, na manhã seguinte, Maria chamou o filho, solicitando-lhe
ajuda, uma vez que não se sentia bem. Quando a viu adormecida no sofá
da sala, Abel tentou asfixiá-la com uma almofada e um edredão. "Uma vez
que a vítima resistia, agarrou num cutelo de cortar carne, batendo
várias vezes com o mesmo na cabeça" e "como ainda fazia movimentos, o
arguido pressionou novamente o edredão e a almofada, sufocando-a",
relata o MP.No dia seguinte "tentou levar o corpo para a arca
frigorífica", o que não conseguiu, "pelo que decidiu cortar o cadáver
em pedaços" com uma faca eléctrica. Sem o conseguir foi comprar, entre
outros objectos, uma serra de cortar ferro.