1.
Génio da táctica ou não, Jorge Jesus já levantava vantagem quando o
árbitro apitou para o início do jogo. Porque foi duplamente de mestre
começar com Di Maria na direita, onde o argentino só precisou de dois
minutos e meio para deixar a nu as imperfeições de Grimi. Ao mesmo
tempo, a derivação de Ramirez para a faixa contrária mostrava que Jesus
queria impedir o Sporting de ter profundidade através de João Pereira.
Resultado: o Benfica goleou, apesar de ter feito descansar mais de meia
equipa, do sub-rendimento de várias unidades e da exibição apenas a
meio gás; depois de sete vitórias consecutivas, o Sporting já vai em
quatro tropeções seguidos, sendo que agora vai visitar o Paços de
Ferreira (já depois de amanhã) e o Olhanense e receber o FC Porto...
2. Olegário Benquerença interpretou bem as regras na expulsão de João Pereira, que não é virgem neste tipo de excessos.
3.
Em inferioridade numérica desde o sexto minuto e a perder desde o
sétimo (o Benfica confirmou a sua força nos lances ofensivos de bola
parada), o Sporting precisava de suporte psicológico para lidar com a
situação, mas igualmente de sinais esclarecidos do “banco”. Mas Carlos
Carvalhal preferiu derivar Adrien para o lado direito da defesa e
recuar Pongolle. Jesus mandou de imediato que Di Maria trocasse de
faixa para aproveitar a lentidão e a falta de aptidão de Adrien para a
posição. E, ao minuto 18, o Benfica já somava quatro cantos. Carvalhal
emendou o erro com a saída de Adrien. Mas entrou Pedro Silva, que não
tem qualidade para jogar no Sporting e voltou a ser anjinho na
assistência de Peixoto para o golo de Ramirez.
4. O
Benfica seguia com 65 por cento de bola, mas deixou-se inebriar com os
“olés” e pareceu desistir do jogo após o 0-2. Viram-se então algumas
das maleitas que lhe observamos nos últimos jogos: o mau momento de
Javier Garcia e o desgaste de Ramirez. Tudo junto e alguma raça do
Sporting permitiram que este reentrasse no jogo. Até porque Luisão não
há forma de se libertar de um estigma chamado Liedson, que voltou a
inventar sozinho um golo.
5. O Sporting voltou bem do
balneário, “basculando” e reduzindo os espaços a um Benfica que vivia
das acções de Di Maria. Surgiu então o erro mais grave do árbitro, o
fora de jogo mal marcado a Pongolle. Isso pode ter influenciado o resto
do jogo, mas mais decisivo acabou por ser o falhanço do Sporting no
canto de que nasceu o 1-3. Moutinho passou, com razão, um raspanete a
Carriço. Porque na defesa zonal é preciso atacar a bola, principalmente
quando o adversário é bem mais alto.
6. O golo de
Cardozo foi sublime. Mas Rui Patrício anda mesmo em má onda. Mas já é
tarde para ele e para a sua equipa marcarem uma ida à bruxa...
7.
A verdade é que a derrota de ontem, bem como a sofrida frente à
Académica, serviram para esconder uma ligeira melhoria no futebol
“leonino”. As más entradas em falso nos dois jogos não permitiram, por
exemplo, que se fizesse justiça às mais-valias que, de facto,
representam Pedro Mendes e Pongolle. O primeiro não joga praticamente
há quatro meses e, por isso, falta-lhe agressividade. Mas a sua
utilidade inquestionável. O avançado francês pode não valer 6,5 milhões
de euros, mas tem qualidade e voltou a ser prematuramente substituído.
Os avançados, já se sabe, vivem de golos. Mas Luís Fabiano também não
conseguiu marcá-los no FC Porto e depois foi o que se sabe...
8.
A vitória do Benfica pode não só mascarar a actual menor intensidade do
seu futebol, como servir de lenitivo para combates futuros.
Génio da táctica ou não, Jorge Jesus já levantava vantagem quando o
árbitro apitou para o início do jogo. Porque foi duplamente de mestre
começar com Di Maria na direita, onde o argentino só precisou de dois
minutos e meio para deixar a nu as imperfeições de Grimi. Ao mesmo
tempo, a derivação de Ramirez para a faixa contrária mostrava que Jesus
queria impedir o Sporting de ter profundidade através de João Pereira.
Resultado: o Benfica goleou, apesar de ter feito descansar mais de meia
equipa, do sub-rendimento de várias unidades e da exibição apenas a
meio gás; depois de sete vitórias consecutivas, o Sporting já vai em
quatro tropeções seguidos, sendo que agora vai visitar o Paços de
Ferreira (já depois de amanhã) e o Olhanense e receber o FC Porto...
2. Olegário Benquerença interpretou bem as regras na expulsão de João Pereira, que não é virgem neste tipo de excessos.
3.
Em inferioridade numérica desde o sexto minuto e a perder desde o
sétimo (o Benfica confirmou a sua força nos lances ofensivos de bola
parada), o Sporting precisava de suporte psicológico para lidar com a
situação, mas igualmente de sinais esclarecidos do “banco”. Mas Carlos
Carvalhal preferiu derivar Adrien para o lado direito da defesa e
recuar Pongolle. Jesus mandou de imediato que Di Maria trocasse de
faixa para aproveitar a lentidão e a falta de aptidão de Adrien para a
posição. E, ao minuto 18, o Benfica já somava quatro cantos. Carvalhal
emendou o erro com a saída de Adrien. Mas entrou Pedro Silva, que não
tem qualidade para jogar no Sporting e voltou a ser anjinho na
assistência de Peixoto para o golo de Ramirez.
4. O
Benfica seguia com 65 por cento de bola, mas deixou-se inebriar com os
“olés” e pareceu desistir do jogo após o 0-2. Viram-se então algumas
das maleitas que lhe observamos nos últimos jogos: o mau momento de
Javier Garcia e o desgaste de Ramirez. Tudo junto e alguma raça do
Sporting permitiram que este reentrasse no jogo. Até porque Luisão não
há forma de se libertar de um estigma chamado Liedson, que voltou a
inventar sozinho um golo.
5. O Sporting voltou bem do
balneário, “basculando” e reduzindo os espaços a um Benfica que vivia
das acções de Di Maria. Surgiu então o erro mais grave do árbitro, o
fora de jogo mal marcado a Pongolle. Isso pode ter influenciado o resto
do jogo, mas mais decisivo acabou por ser o falhanço do Sporting no
canto de que nasceu o 1-3. Moutinho passou, com razão, um raspanete a
Carriço. Porque na defesa zonal é preciso atacar a bola, principalmente
quando o adversário é bem mais alto.
6. O golo de
Cardozo foi sublime. Mas Rui Patrício anda mesmo em má onda. Mas já é
tarde para ele e para a sua equipa marcarem uma ida à bruxa...
7.
A verdade é que a derrota de ontem, bem como a sofrida frente à
Académica, serviram para esconder uma ligeira melhoria no futebol
“leonino”. As más entradas em falso nos dois jogos não permitiram, por
exemplo, que se fizesse justiça às mais-valias que, de facto,
representam Pedro Mendes e Pongolle. O primeiro não joga praticamente
há quatro meses e, por isso, falta-lhe agressividade. Mas a sua
utilidade inquestionável. O avançado francês pode não valer 6,5 milhões
de euros, mas tem qualidade e voltou a ser prematuramente substituído.
Os avançados, já se sabe, vivem de golos. Mas Luís Fabiano também não
conseguiu marcá-los no FC Porto e depois foi o que se sabe...
8.
A vitória do Benfica pode não só mascarar a actual menor intensidade do
seu futebol, como servir de lenitivo para combates futuros.