Autor do terceiro golo da partida de Berna, Mário
Coluna considera que, ao vencer os catalães, o Benfica ganhou respeito
dos adversários e tornou-se temível.
A conquista da Taça dos Campeões Europeus de futebol, frente ao FC
Barcelona, há 50 anos, tornou o Benfica numa “equipa temível” e
merecedora de “respeito internacional”, recordou Mário Coluna, autor do
terceiro golo “encarnado” na final.
A vitória por 3-2 sobre o “Barça”, em Viena, a 31 de Maio de 1961, foi o
primeiro grande feito do Benfica a nível europeu e internacional,
quebrando a hegemonia do Real Madrid, na então Taça dos Campeões
Europeus.
As cinco primeiras edições da actual Liga dos Campeões Europeus, que
começou a ser disputada em 1955, foram ganhas pelos “merengues”, que
caíram nas meias-finais de 1960/61 face aos rivais da Catalunha.
Autor do terceiro golo da partida de Berna, Mário Coluna considera que,
ao vencer os catalães, o Benfica ganhou respeito dos adversários e
tornou-se temível.
«Houve mais respeito, temeram o Benfica, porque nós tínhamos uma boa
equipa e ganhámos logo a seguir a outra Taça, contra o Real Madrid, uma
das grandes equipas da Europa», disse Mário Coluna à Agência Lusa, em
Maputo, evocando a segunda vitória consecutiva, desta vez frente ao Real
Madrid, na edição 1961/62.
Coluna voltou a marcar numa final, na edição 1961/62, ao apontar contra
os “merengues” o golo do 3-3, antes de Eusébio marcar os dois tentos da
vitória, fixando o resultado em 5-3.
Para Mário Coluna, o mérito desse período áureo das “águias” vai para os
«bons treinadores» (Bélla Guttmann e, depois, Otto Glória) e também
para os próprios jogadores, todos «portugueses, da metrópole e das
colónias».
«Nós tivemos bons treinadores, eram bons psicólogos, conheciam o
carácter dos jogadores que tinham. Diziam ‘o Real Madrid e o FC
Barcelona não são mais do que vocês, vocês são tão bons como eles’.»
Não fossem “as arbitragens”, na opinião de Mário Coluna, e o Benfica
teria feito mais história na Taça dos Campeões, prova em que perdeu a
terceira final consecutiva, frente ao AC Milan, em 1963.
Dois anos mais tarde, voltou a perder na final, contra o Inter de Milão,
e, em 1968, tombou perante o Manchester United. Já com outra geração, e
estrangeiros, perderia as finais de 1988 (PSV Eindhoven) e 90 (AC
Milan).
Para ser novamente “temível”, na actualidade, o Benfica tem de voltar a
contar com «jogadores de valor, que hoje não tem», remata Coluna.
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Coluna considera que, ao vencer os catalães, o Benfica ganhou respeito
dos adversários e tornou-se temível.
A conquista da Taça dos Campeões Europeus de futebol, frente ao FC
Barcelona, há 50 anos, tornou o Benfica numa “equipa temível” e
merecedora de “respeito internacional”, recordou Mário Coluna, autor do
terceiro golo “encarnado” na final.
A vitória por 3-2 sobre o “Barça”, em Viena, a 31 de Maio de 1961, foi o
primeiro grande feito do Benfica a nível europeu e internacional,
quebrando a hegemonia do Real Madrid, na então Taça dos Campeões
Europeus.
As cinco primeiras edições da actual Liga dos Campeões Europeus, que
começou a ser disputada em 1955, foram ganhas pelos “merengues”, que
caíram nas meias-finais de 1960/61 face aos rivais da Catalunha.
Autor do terceiro golo da partida de Berna, Mário Coluna considera que,
ao vencer os catalães, o Benfica ganhou respeito dos adversários e
tornou-se temível.
«Houve mais respeito, temeram o Benfica, porque nós tínhamos uma boa
equipa e ganhámos logo a seguir a outra Taça, contra o Real Madrid, uma
das grandes equipas da Europa», disse Mário Coluna à Agência Lusa, em
Maputo, evocando a segunda vitória consecutiva, desta vez frente ao Real
Madrid, na edição 1961/62.
Coluna voltou a marcar numa final, na edição 1961/62, ao apontar contra
os “merengues” o golo do 3-3, antes de Eusébio marcar os dois tentos da
vitória, fixando o resultado em 5-3.
Para Mário Coluna, o mérito desse período áureo das “águias” vai para os
«bons treinadores» (Bélla Guttmann e, depois, Otto Glória) e também
para os próprios jogadores, todos «portugueses, da metrópole e das
colónias».
«Nós tivemos bons treinadores, eram bons psicólogos, conheciam o
carácter dos jogadores que tinham. Diziam ‘o Real Madrid e o FC
Barcelona não são mais do que vocês, vocês são tão bons como eles’.»
Não fossem “as arbitragens”, na opinião de Mário Coluna, e o Benfica
teria feito mais história na Taça dos Campeões, prova em que perdeu a
terceira final consecutiva, frente ao AC Milan, em 1963.
Dois anos mais tarde, voltou a perder na final, contra o Inter de Milão,
e, em 1968, tombou perante o Manchester United. Já com outra geração, e
estrangeiros, perderia as finais de 1988 (PSV Eindhoven) e 90 (AC
Milan).
Para ser novamente “temível”, na actualidade, o Benfica tem de voltar a
contar com «jogadores de valor, que hoje não tem», remata Coluna.
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