direitos reservados
Pais de Leandro estão
revoltados com a falta de acção das autoridades escolares, que tinham
conhecimento das agressões continuadas de que o menino foi alvo durante
meses
Mirandela: Corpo
de leandro pires, de 12 anos, continua por encontrar
Director prometeu à mãe ajudar Leandro
Faltavam
poucos dias para o Natal quando Leandro Pires, de 12 anos, apareceu a
chorar no curso profissional que a mãe frequenta. Tinham-lhe batido mais
uma vez. Amália foi à Escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, falar com o
director, que lhe garantiu que tudo se ia resolver. Mas nada foi feito.
Dois meses depois, o menino, vítima de bullying durante quase um ano e
meio, atirou-se ao rio Tua, e o seu corpo continua por encontrar.
"Naquele dia fomos ter com o director, ele mostrou-nos
umas fotografias e o meu filho reconheceu o agressor. Então o director
disse-me para não me preocupar que ia resolver tudo", contou a mãe do
menino.
Amália não esconde a revolta e a culpa que
sente por ter confiado em José Carlos Azevedo, o director da escola.
"Ele prometeu e eu confiei nele, mas não fez nada. Se tivesse tomado
alguma atitude, o meu filho podia estar vivo", diz Amália, ainda
bastante abalada com a morte da criança.
No local
onde Leandro se atirou ao rio, familiares e amigos colocaram vários
cartazes e fotografias. "Que ninguém seja presidente a mentir. Por favor
tenha coragem de se demitir", diz um dos cartazes, referindo-se a José
Carlos Azevedo.
Ontem, ao que o Correio da Manhã
apurou, a PSP entregou ao Ministério Público o inquérito que tinha
aberto. As conclusões ainda não são conhecidas. Enquanto isso, António
Leite, director da DREN, que anteontem considerou o relatório da escola
inconclusivo, pediu tempo para deixar a Inspecção-Geral da Educação
elaborar o "novo inquérito com tranquilidade".
NOVAS
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Desde a morte do
pequeno Leandro que a direcção da Escola EB 2,3 Luciano Cordeiro tem
tentado implementar novas medidas de segurança. Os dois porteiros usam
agora placas identificativas com o nome e o cargo, e os portões estão
sempre fechados, apenas se abrindo para alunos que têm autorização para
sair.
No entanto, bastou estar cerca de duas horas
diante do portão para a equipa do CM presenciar algumas fugas de
alunos. Uns acabam por conseguir escapar ao porteiro e outros aproveitam
momentos em que aquele, tal como no dia em que Leandro saiu, se
ausenta.
" Eles implementaram as medidas durante
dois, três dias. Agora já voltou tudo ao mesmo", contou ao CM Paula
Nunes, tia do menino.
Anteontem, os pais de
Leandro receberam em casa a visita do director da DREN, António Leite.
Já a direcção da escola continua a não fazer qualquer comentário sobre
este caso.
CORPO PODE APARECER COM
DESCIDA DA ÁGUA
As autoridades que há
onze dias procuram o corpo do pequeno Leandro acreditam que a descida do
rio Tua pode fazer com que o cadáver da criança apareça. Ontem, o
tenente-coronel Melo Gomes, comandante operacional de Operações e
Socorro de Bragança, afirmou que é necessária "uma tarde inteira com o
leito mais baixo para terem mais capacidade de trabalho".
Melo Gomes explicou que passados onze dias o corpo já
tem capacidade de flutuar, e se estiver preso pode soltar-se ou pode
ficar visível, se o nível das águas baixar e a corrente diminuir.
As buscas continuam hoje com meios muito reduzidos. Nas
margens está uma equipa a patrulhar o terreno e no rio apenas um bote
procura o corpo do menino.
PORMENORES
SILÊNCIO
Contactado pelo ‘CM’, o
Comandante da PSP de Bragança, Amândio Correia, recusou avançar qualquer
conclusão sobre o inquérito ontem entregue ao Ministério Público.
DATA DE CONCLUSÃO
O director da
DREN explicou que ainda não existe uma previsão de quando o novo
inquérito, a cargo da Inspecção-Geral da Educação, estará concluído.
POPULARES APOIAM
Dezenas de
populares têm-se dirigido à casa dos pais do menino para prestar apoio.
Pais de Leandro estão
revoltados com a falta de acção das autoridades escolares, que tinham
conhecimento das agressões continuadas de que o menino foi alvo durante
meses
Mirandela: Corpo
de leandro pires, de 12 anos, continua por encontrar
Director prometeu à mãe ajudar Leandro
Faltavam
poucos dias para o Natal quando Leandro Pires, de 12 anos, apareceu a
chorar no curso profissional que a mãe frequenta. Tinham-lhe batido mais
uma vez. Amália foi à Escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, falar com o
director, que lhe garantiu que tudo se ia resolver. Mas nada foi feito.
Dois meses depois, o menino, vítima de bullying durante quase um ano e
meio, atirou-se ao rio Tua, e o seu corpo continua por encontrar.
"Naquele dia fomos ter com o director, ele mostrou-nos
umas fotografias e o meu filho reconheceu o agressor. Então o director
disse-me para não me preocupar que ia resolver tudo", contou a mãe do
menino.
Amália não esconde a revolta e a culpa que
sente por ter confiado em José Carlos Azevedo, o director da escola.
"Ele prometeu e eu confiei nele, mas não fez nada. Se tivesse tomado
alguma atitude, o meu filho podia estar vivo", diz Amália, ainda
bastante abalada com a morte da criança.
No local
onde Leandro se atirou ao rio, familiares e amigos colocaram vários
cartazes e fotografias. "Que ninguém seja presidente a mentir. Por favor
tenha coragem de se demitir", diz um dos cartazes, referindo-se a José
Carlos Azevedo.
Ontem, ao que o Correio da Manhã
apurou, a PSP entregou ao Ministério Público o inquérito que tinha
aberto. As conclusões ainda não são conhecidas. Enquanto isso, António
Leite, director da DREN, que anteontem considerou o relatório da escola
inconclusivo, pediu tempo para deixar a Inspecção-Geral da Educação
elaborar o "novo inquérito com tranquilidade".
NOVAS
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Desde a morte do
pequeno Leandro que a direcção da Escola EB 2,3 Luciano Cordeiro tem
tentado implementar novas medidas de segurança. Os dois porteiros usam
agora placas identificativas com o nome e o cargo, e os portões estão
sempre fechados, apenas se abrindo para alunos que têm autorização para
sair.
No entanto, bastou estar cerca de duas horas
diante do portão para a equipa do CM presenciar algumas fugas de
alunos. Uns acabam por conseguir escapar ao porteiro e outros aproveitam
momentos em que aquele, tal como no dia em que Leandro saiu, se
ausenta.
" Eles implementaram as medidas durante
dois, três dias. Agora já voltou tudo ao mesmo", contou ao CM Paula
Nunes, tia do menino.
Anteontem, os pais de
Leandro receberam em casa a visita do director da DREN, António Leite.
Já a direcção da escola continua a não fazer qualquer comentário sobre
este caso.
CORPO PODE APARECER COM
DESCIDA DA ÁGUA
As autoridades que há
onze dias procuram o corpo do pequeno Leandro acreditam que a descida do
rio Tua pode fazer com que o cadáver da criança apareça. Ontem, o
tenente-coronel Melo Gomes, comandante operacional de Operações e
Socorro de Bragança, afirmou que é necessária "uma tarde inteira com o
leito mais baixo para terem mais capacidade de trabalho".
Melo Gomes explicou que passados onze dias o corpo já
tem capacidade de flutuar, e se estiver preso pode soltar-se ou pode
ficar visível, se o nível das águas baixar e a corrente diminuir.
As buscas continuam hoje com meios muito reduzidos. Nas
margens está uma equipa a patrulhar o terreno e no rio apenas um bote
procura o corpo do menino.
PORMENORES
SILÊNCIO
Contactado pelo ‘CM’, o
Comandante da PSP de Bragança, Amândio Correia, recusou avançar qualquer
conclusão sobre o inquérito ontem entregue ao Ministério Público.
DATA DE CONCLUSÃO
O director da
DREN explicou que ainda não existe uma previsão de quando o novo
inquérito, a cargo da Inspecção-Geral da Educação, estará concluído.
POPULARES APOIAM
Dezenas de
populares têm-se dirigido à casa dos pais do menino para prestar apoio.